Ministro japonês diz que não guarda rancor dos EUA |
Ministro da Defesa diz que não guarda rancor dos EUA.Para ele, bombas conseguiram acelerar o fim da Segunda Guerra Mundial.
O ministro da Defesa japonês, Fumio Kyuma, afirmou neste sábado que era "inevitável" que os Estados Unidos lançassem duas bombas atômicas sobre o Japão durante a Segunda Guerra Mundial para evitar que a União Soviética entrasse também na batalha do Pacífico.Segundo informou a agência japonesa "Kyodo", o ministro japonês afirmou na Universidade de Kashiwa, no centro do país, que na sua opinião as bombas de Hiroshima e Nagasaki tinham conseguido "acelerar o fim da guerra". Mas os EUA teriam vencido mesmo sem elas, admitiu.
Kyuma opinou que a razão pela qual os EUA decidiram lançar a bomba atômica foi evitar que a União Soviética declarasse guerra ao Japão. Naquele momento, a Alemanha tinha assinado sua rendição incondicional e o conflito armado na Europa tinha acabado.
A URSS tinha pactuado com os EUA entrar na guerra contra o Japão no prazo de três meses após a rendição da Alemanha, em 9 de maio de 1945.
Após os ataques nucleares contra o Japão, a URSS declarou a guerra contra o Império japonês e tomou a ilha de Sakalina e as Curilas, que ainda controla.
"Felizmente a ilha de Hokkaido não foi ocupada" pelas tropas soviéticas, argumentou Kyuma. Para ele, a segunda maior ilha do arquipélago japonês, no norte do país, próxima à atual Rússia, porque "podia ter sido tomada pela União Soviética". "Não guardo nenhum rancor dos EUA", completou.
Além disso, Fumio Kyuma analisou o contexto internacional após a Segunda Guerra Mundial e a ocupação do Japão por parte dos Estados Unidos. Ele afirmou que "era preciso analisar se a bomba atômica poderia ser uma opção".
Dor de cabeça
Para alguns analistas, as declarações podem se transformar numa nova dor de cabeça para o primeiro-ministro Shinzo Abe, durante a campanha eleitoral para as eleições que renovarão parte do Senado, em 29 de julho.
Não é a primeira vez que o ministro cria dificuldades para o Gabinete com suas declarações. Em janeiro, ele afirmou que o presidente americano, George W. Bush, tinha tomado uma decisão "errônea" ao iniciar a Guerra do Iraque.
Atualmente, Abe se encontra num de seus piores momentos segundo as enquetes de popularidade da maioria dos jornais japoneses, devido aos últimos escândalos que afetaram a seu governo, levando ao suicídio de Toshikatsu Matsuoka, ministro da Agricultura.
Fonte:G1
O ministro da Defesa japonês, Fumio Kyuma, afirmou neste sábado que era "inevitável" que os Estados Unidos lançassem duas bombas atômicas sobre o Japão durante a Segunda Guerra Mundial para evitar que a União Soviética entrasse também na batalha do Pacífico.Segundo informou a agência japonesa "Kyodo", o ministro japonês afirmou na Universidade de Kashiwa, no centro do país, que na sua opinião as bombas de Hiroshima e Nagasaki tinham conseguido "acelerar o fim da guerra". Mas os EUA teriam vencido mesmo sem elas, admitiu.
Kyuma opinou que a razão pela qual os EUA decidiram lançar a bomba atômica foi evitar que a União Soviética declarasse guerra ao Japão. Naquele momento, a Alemanha tinha assinado sua rendição incondicional e o conflito armado na Europa tinha acabado.
A URSS tinha pactuado com os EUA entrar na guerra contra o Japão no prazo de três meses após a rendição da Alemanha, em 9 de maio de 1945.
Após os ataques nucleares contra o Japão, a URSS declarou a guerra contra o Império japonês e tomou a ilha de Sakalina e as Curilas, que ainda controla.
"Felizmente a ilha de Hokkaido não foi ocupada" pelas tropas soviéticas, argumentou Kyuma. Para ele, a segunda maior ilha do arquipélago japonês, no norte do país, próxima à atual Rússia, porque "podia ter sido tomada pela União Soviética". "Não guardo nenhum rancor dos EUA", completou.
Além disso, Fumio Kyuma analisou o contexto internacional após a Segunda Guerra Mundial e a ocupação do Japão por parte dos Estados Unidos. Ele afirmou que "era preciso analisar se a bomba atômica poderia ser uma opção".
Dor de cabeça
Para alguns analistas, as declarações podem se transformar numa nova dor de cabeça para o primeiro-ministro Shinzo Abe, durante a campanha eleitoral para as eleições que renovarão parte do Senado, em 29 de julho.
Não é a primeira vez que o ministro cria dificuldades para o Gabinete com suas declarações. Em janeiro, ele afirmou que o presidente americano, George W. Bush, tinha tomado uma decisão "errônea" ao iniciar a Guerra do Iraque.
Atualmente, Abe se encontra num de seus piores momentos segundo as enquetes de popularidade da maioria dos jornais japoneses, devido aos últimos escândalos que afetaram a seu governo, levando ao suicídio de Toshikatsu Matsuoka, ministro da Agricultura.
Fonte:G1