‘Carcará’ voa alto nos céus da cidade |
Rio - O comandante do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope), tenente-coronel Alberto Pinheiro Neto, chama dois de seus melhores agentes e manda que eles se escondam na Favela Tavares Bastos, que é praticamente um anexo da sede da unidade, no Catete. “Localiza esses dois lá no morro”, diz ele para um jovem com laptop e uma antena acoplada a uma base. Os dois agentes se escondem e em poucos minutos estão na tela do laptop, ocultos entre os barracos, mas localizáveis.
Surpreso, Pinheiro chama um de seus melhores atiradores de elite. “Tenta derrubar aquele aviãozinho ali”. O especialista olha de longe, analisa os movimentos, calcula a distância — quase 1.000 metros de altura — pesa os fatores mínimo esforço e máximo rendimento e decreta: “Melhor não tentar”.
O episódio de bastidores é contado por um dos funcionários da Santos Lab, única empresa do Brasil a fabricar os aviões não-tripuláveis Jabiru, Carcará e Azimute (este último, um alvo móvel para teste de mísseis). O artefato, testado há duas semanas pelo Bope, promete mudar o formato de operações em favelas no Rio, assim que o Bope puder adquirí-lo. O comandante da unidade já admitiu o interesse.
O Carcará custa R$ 180 mil e é leve, pesa cerca de dois quilos. Já o Jabiru é de maior porte e não recomendável para áreas urbanas.
‘Carcará’ voa alto nos céus da cidade
Os responsáveis pelo Veículo Aéreo Não-Tripulado (Vant) que deve mudar a forma de se combater em favelas são dois amigos, Gilberto Buffara e Gabriel Klabin, que tinham como hobby o aeromodelismo. Um dia, tiveram a idéia de criar um avião para espionagem, a princípio como uma brincadeira com outros amigos. A idéia de começar a vender os protótipos logo surgiu e assim os dois foram a Israel, onde conheceram as mais novas tecnologias do setor.
O modelo que parece ser mais adaptado às favelas cariocas, segundo a dupla, é o que foi batizado de Carcará. “É leve, feito de espuma de polipropileno, decola e aterrisa em qualquer lugar. O lançamento dele é manual. Foi projetado para o ambiente urbano do Rio, que mistura mar, montanha, favela, asfalto”, diz Gabriel, formado em Desenho Industrial.
Avião pode até seguir suspeitos
Com a transmissão de imagens em tempo real, é possível verificar posicionamento de traficantes, localização de arsenal, pontos de venda de drogas e traçar caminhos por onde as equipes podem passar. A empresa de Buffara e Klabin, a Santos Lab, já desenvolveu o primeiro pelotão de Veículos Aéreos Não-Tripulados nas Forças Armadas brasileiras, em atividade no Batalhão de Controle Aerotático e Defesa Antiaérea, no Corpo de Fuzileiros.
Outra vantagem do Carcará, além da altura que o transforma, à distância, em um pássaro comum, é o motor à base de bateria de lítio, totalmente silencioso. “A polícia terá mais dados de inteligência na hora de fazer incursões em favelas”, diz Gilberto Buffara. “O controlador do avião pode, digamos, clicar em um alvo, digamos, um carro ou uma pessoa, e mandar o Carcará perseguí-lo”.
Fonte:O DIA Terra
Surpreso, Pinheiro chama um de seus melhores atiradores de elite. “Tenta derrubar aquele aviãozinho ali”. O especialista olha de longe, analisa os movimentos, calcula a distância — quase 1.000 metros de altura — pesa os fatores mínimo esforço e máximo rendimento e decreta: “Melhor não tentar”.
O episódio de bastidores é contado por um dos funcionários da Santos Lab, única empresa do Brasil a fabricar os aviões não-tripuláveis Jabiru, Carcará e Azimute (este último, um alvo móvel para teste de mísseis). O artefato, testado há duas semanas pelo Bope, promete mudar o formato de operações em favelas no Rio, assim que o Bope puder adquirí-lo. O comandante da unidade já admitiu o interesse.
O Carcará custa R$ 180 mil e é leve, pesa cerca de dois quilos. Já o Jabiru é de maior porte e não recomendável para áreas urbanas.
‘Carcará’ voa alto nos céus da cidade
Os responsáveis pelo Veículo Aéreo Não-Tripulado (Vant) que deve mudar a forma de se combater em favelas são dois amigos, Gilberto Buffara e Gabriel Klabin, que tinham como hobby o aeromodelismo. Um dia, tiveram a idéia de criar um avião para espionagem, a princípio como uma brincadeira com outros amigos. A idéia de começar a vender os protótipos logo surgiu e assim os dois foram a Israel, onde conheceram as mais novas tecnologias do setor.
O modelo que parece ser mais adaptado às favelas cariocas, segundo a dupla, é o que foi batizado de Carcará. “É leve, feito de espuma de polipropileno, decola e aterrisa em qualquer lugar. O lançamento dele é manual. Foi projetado para o ambiente urbano do Rio, que mistura mar, montanha, favela, asfalto”, diz Gabriel, formado em Desenho Industrial.
Avião pode até seguir suspeitos
Com a transmissão de imagens em tempo real, é possível verificar posicionamento de traficantes, localização de arsenal, pontos de venda de drogas e traçar caminhos por onde as equipes podem passar. A empresa de Buffara e Klabin, a Santos Lab, já desenvolveu o primeiro pelotão de Veículos Aéreos Não-Tripulados nas Forças Armadas brasileiras, em atividade no Batalhão de Controle Aerotático e Defesa Antiaérea, no Corpo de Fuzileiros.
Outra vantagem do Carcará, além da altura que o transforma, à distância, em um pássaro comum, é o motor à base de bateria de lítio, totalmente silencioso. “A polícia terá mais dados de inteligência na hora de fazer incursões em favelas”, diz Gilberto Buffara. “O controlador do avião pode, digamos, clicar em um alvo, digamos, um carro ou uma pessoa, e mandar o Carcará perseguí-lo”.
Fonte:O DIA Terra