Rede vira principal alvo de desenhistas |

Milhões de quadrinistas, chargistas, cartunistas de todo canto, que nunca tiveram acesso aos veículos tradicionais (jornais, revistas, livros), encontraram guarida on-line, com ampla liberdade para publicar sem qualquer censura.
Para fazer uma seleção dos melhores quadrinhos digitais, a reportagem convidou cinco especialistas e fãs de HQ e pediu a cada um três indicações, com comentários que podem ser vistos no quadro ao lado.
Os resultados mostram que há grandes (e, na maioria dos casos, desconhecidos) artistas do traço e das idéias fazendo trabalhos sensacionais on-line (e com acesso gratuito).
Mas também prova que mesmo os conhecimentos básicos de desenho se tornaram dispensáveis: rabiscos primários, colagens, cliparts, fotos.
Ainda que uma minoria dos autores tenha conseguido fazer dos "webcomics" uma profissão rentável, há inúmeros casos de migração para jornais (como André Dahmer, dos Malvados) e para livros (como o Perry Bible Fellowship).
Há também fenômenos como o Penny Arcade, que começou há quase nove anos como trabalho de dois amigos e se transformou em um lucrativo site centrado em games, com empresas pagando alto por anúncios, um videogame baseado nos quadrinhos a caminho e até a criação de sua própria entidade beneficente. O reconhecimento dos "webcomics" pela crítica também tem aumentado, com a participação da categoria em prêmios de quadrinhos (foram incluídos no célebre Eisner Awards em 2005, por exemplo).
Outra boa medida disso está na lista de melhores graphic novels de 2007 da revista Time, que colocou em primeiro lugar uma "webcomic", Achewood, de Chris Onstad (www.achewood.com).
"Não é uma graphic novel no sentido tradicional, já que seu veículo é a web, mas Achewood é tão profundamente genial que seria um crime não colocá-lo nessa lista, e no topo dela", disse a revista. (da Folhapress)
Fonte:O Povo