Disco de Rihanna é bom início de escalada |
'Good girl gone bad' é o terceiro CD da barbadiana de 19 anos.Graças a 'Umbrella', artista está no topo da parada americana.
Barbados ganhou apenas uma medalha no Pan: bronze na natação, 200 metros medley masculino. Mas o feito do atleta Bradley Ally foi ofuscado no país do Caribe pelo sucesso de uma compatriota.
Graças à grudenta "Umbrella", a cantora Rihanna está há 16 semanas no topo da parada americana. Há dez, lidera o top 10 inglês. Os dados são da revista "Billboard". "Umbrella" é a música de trabalho de "Good girl gone bad", terceiro CD da barbadiana de 19 anos. E é o ponto alto de um bom disco de pop, R&B, dancehall e hip hop.
Desde 2005, quando emplacou "Pon de replay" e disputou com Mariah Carey o primeiro lugar da parada americana, a cantora Rihanna tornou-se uma fabriquinha de dólares para a gravadora Def Jam. Mas tanto "Pon de replay" (do CD de estréia, "Music from the sun") quanto o supersucesso seguinte, "S.O.S." (de "A girl like me"), eram pouco mais que chicletinhos de sabor esquecível.
Mais: os dois discos de onde foram pinçados os hits passavam batidos entre baladinhas chatas e uma espécie de releitura hip hop para a música caribenha. Faltavam a Rihanna um disco mais consistente e uma música memorável. "Good girl gone bad" trouxe as duas coisas.
Mas quem diabos é Rihanna? Se levarmos em conta que ela passaria incógnita caso desfilasse pela Avenida Paulista de braços dados com Bradley Ally, vale uma apresentação. Nascida em Saint Michael, província na região sudoeste de Barbados, a bela mulata dona de pernas estilo Ana Hickman foi descoberta pelo produtor nova-iorquino Evan Rogers (N'Sync, Christina Aguilera, Rod Stewart).
Daí veio um contrato com a gravadora Def Jam, a construção da imagem de menina-ingênua-mas-sexy e, principalmente, a lapidação musical. Rihanna foi entregue nas mãos de Jay-Z, Tricky Stewart, StarGate, Ne-Yo e Timbaland, entre outros produtores. Deu resultado.
"Umbrella", um pop genial, é um paradoxo. Ao mesmo tempo soturna e dançante, é conduzida pelos vocais arrastados de Rihanna, por uma parede de teclados dark e pela levada paquidérmica de bateria. O refrão tatibitati ("ella ella eh eh eh") combina com a safadeza dos versos finais ("Come into me/ It's raining"). Sem contar a ironia contida no fato de o hit do verão americano e europeu falar de guarda-chuvas e mau tempo.
"Umbrella" é a primeira faixa de uma seqüência matadora de cinco músicas. "Push up on me" é um ótimo electrofunk, com ares de anos 90. "Don't stop the music" tem produção de StarGate, samples de "Wanna be startin' something" (Michael Jackson) e é certeza de pista cheia.
Em "Breakin' dishes" Rihanna toma ares de barraqueira: o namorado chega em casa às três e meia da matina e ela quebra pratos sobre a sua cabeça ("I'm a fight man", repete para o vacilão). "Shut up and drive" (samples de "Blue Monday", do New Order), mais pesada, remete ao Prince dos bons tempos.
Das três faixas produzidas por Timbaland, "Sell me candy" e "Lemme get that" são dancehalls deliciosos. Mas a delicada "Rehab" (arranjos vocais de Justin Timberlake) é o golaço do superprodutor no disco.
Se Rihanna vai se tornar uma superestrela ou sumir na selva pop, só o tempo dirá. Mas "Good girl gone bad" é um bom início de escalada.
Fonte:G1
Barbados ganhou apenas uma medalha no Pan: bronze na natação, 200 metros medley masculino. Mas o feito do atleta Bradley Ally foi ofuscado no país do Caribe pelo sucesso de uma compatriota.
Graças à grudenta "Umbrella", a cantora Rihanna está há 16 semanas no topo da parada americana. Há dez, lidera o top 10 inglês. Os dados são da revista "Billboard". "Umbrella" é a música de trabalho de "Good girl gone bad", terceiro CD da barbadiana de 19 anos. E é o ponto alto de um bom disco de pop, R&B, dancehall e hip hop.
Desde 2005, quando emplacou "Pon de replay" e disputou com Mariah Carey o primeiro lugar da parada americana, a cantora Rihanna tornou-se uma fabriquinha de dólares para a gravadora Def Jam. Mas tanto "Pon de replay" (do CD de estréia, "Music from the sun") quanto o supersucesso seguinte, "S.O.S." (de "A girl like me"), eram pouco mais que chicletinhos de sabor esquecível.
Mais: os dois discos de onde foram pinçados os hits passavam batidos entre baladinhas chatas e uma espécie de releitura hip hop para a música caribenha. Faltavam a Rihanna um disco mais consistente e uma música memorável. "Good girl gone bad" trouxe as duas coisas.
Mas quem diabos é Rihanna? Se levarmos em conta que ela passaria incógnita caso desfilasse pela Avenida Paulista de braços dados com Bradley Ally, vale uma apresentação. Nascida em Saint Michael, província na região sudoeste de Barbados, a bela mulata dona de pernas estilo Ana Hickman foi descoberta pelo produtor nova-iorquino Evan Rogers (N'Sync, Christina Aguilera, Rod Stewart).
Daí veio um contrato com a gravadora Def Jam, a construção da imagem de menina-ingênua-mas-sexy e, principalmente, a lapidação musical. Rihanna foi entregue nas mãos de Jay-Z, Tricky Stewart, StarGate, Ne-Yo e Timbaland, entre outros produtores. Deu resultado.
"Umbrella", um pop genial, é um paradoxo. Ao mesmo tempo soturna e dançante, é conduzida pelos vocais arrastados de Rihanna, por uma parede de teclados dark e pela levada paquidérmica de bateria. O refrão tatibitati ("ella ella eh eh eh") combina com a safadeza dos versos finais ("Come into me/ It's raining"). Sem contar a ironia contida no fato de o hit do verão americano e europeu falar de guarda-chuvas e mau tempo.
"Umbrella" é a primeira faixa de uma seqüência matadora de cinco músicas. "Push up on me" é um ótimo electrofunk, com ares de anos 90. "Don't stop the music" tem produção de StarGate, samples de "Wanna be startin' something" (Michael Jackson) e é certeza de pista cheia.
Em "Breakin' dishes" Rihanna toma ares de barraqueira: o namorado chega em casa às três e meia da matina e ela quebra pratos sobre a sua cabeça ("I'm a fight man", repete para o vacilão). "Shut up and drive" (samples de "Blue Monday", do New Order), mais pesada, remete ao Prince dos bons tempos.
Das três faixas produzidas por Timbaland, "Sell me candy" e "Lemme get that" são dancehalls deliciosos. Mas a delicada "Rehab" (arranjos vocais de Justin Timberlake) é o golaço do superprodutor no disco.
Se Rihanna vai se tornar uma superestrela ou sumir na selva pop, só o tempo dirá. Mas "Good girl gone bad" é um bom início de escalada.
Fonte:G1